A Caravela Latina
Navio de origem árabe adaptado pelos portugueses, robusto, de hidrodinamismo esguio e que era utilizado, então, na pesca costeira. Estas caravelas primitivas com o nome de “pescarezas”, tinham um ou dois mastros com vela latina.
Os aperfeiçoamentos técnicos operados ao longo dos muitos anos de experiência de navegação dos portugueses, fariam delas, no séc. XV, a embarcação resistente, ligeira e muitíssimo rápida, ideal para percorrer longas distâncias.
A sua principal novidade técnica era ser capaz de navegar com ventos desfavoráveis, já que a forma das suas velas e a mobilidade das vergas lhes permitia bolinar (avançar em zig-zag mesmo com ventos contrários).
Tinha de 20 a 30 m de comprimento, 6 a 8m de boca e uma tonelagem de 50 a 80 tonéis. Possuía três mastros, com velas de linho triangulares (latinas), montadas em vergas obliquas, muito compridas, podendo ou não ter remos.
O casco estreito e fundo, dava-lhe uma estabilidade diferente da dos outros navios.
Dotado de leme na popa, foi o 1º barco europeu a ter uma armação de mastros completa com traquete, mastro grande e mezena. Por baixo do convés havia um espaço para guardar mantimentos e materiais de reparação. Na popa erguia-se uma construção de madeira que aposentos do escrivão e do capitão, ficando a restante tripulação – de 20 a 50 homens - na coberta, exposta à fúria do mar da chuva e do vento. Assim, foi apenas utilizada ao longo da costa Africana ocidental.
A utilização intensiva deste tipo de embarcação, o conhecimento dos ventos e das correntes, originou adaptações técnicas contínuas e melhoramentos que ocorriam muitas vezes durante a própria viagem, já que levavam a bordo os meios, materiais e humanos necessários: cordas, madeira, pano, carpinteiros, calafates, tanoeiros, etc.
Por outro lado, as viagens cada vez mais longas, exigiam mais espaço para acomodar tripulação e mantimentos.
Assim, no Séc. XVI a Caravela Portuguesa será um navio de maior porte e com mais um mastro à proa. Poderá acomodar mais de 100 homens e passa a chamar-se Caravela Redonda, por ter agora, alem das velas latinas, velas quadrangulares – chamadas “redondas” - suspensas de vergas agora mais curtas. Estas velas permitiam aproveitar melhor o vento a favor ganhando velocidade.
Foi neste tipo de embarcação, e para secar a carga destinada ao Japão, que o Capitão Jorge Alvares, desembarcou na baía (Gáo) de A-ma ( A-má-gáo ), hoje Macau.
Nas figuras : uma Caravela Latina e uma náu pequena.
Texto : adaptação de um excerto de http://encycloscience.eun.org
Navio de origem árabe adaptado pelos portugueses, robusto, de hidrodinamismo esguio e que era utilizado, então, na pesca costeira. Estas caravelas primitivas com o nome de “pescarezas”, tinham um ou dois mastros com vela latina.
Os aperfeiçoamentos técnicos operados ao longo dos muitos anos de experiência de navegação dos portugueses, fariam delas, no séc. XV, a embarcação resistente, ligeira e muitíssimo rápida, ideal para percorrer longas distâncias.
A sua principal novidade técnica era ser capaz de navegar com ventos desfavoráveis, já que a forma das suas velas e a mobilidade das vergas lhes permitia bolinar (avançar em zig-zag mesmo com ventos contrários).
Tinha de 20 a 30 m de comprimento, 6 a 8m de boca e uma tonelagem de 50 a 80 tonéis. Possuía três mastros, com velas de linho triangulares (latinas), montadas em vergas obliquas, muito compridas, podendo ou não ter remos.
O casco estreito e fundo, dava-lhe uma estabilidade diferente da dos outros navios.
Dotado de leme na popa, foi o 1º barco europeu a ter uma armação de mastros completa com traquete, mastro grande e mezena. Por baixo do convés havia um espaço para guardar mantimentos e materiais de reparação. Na popa erguia-se uma construção de madeira que aposentos do escrivão e do capitão, ficando a restante tripulação – de 20 a 50 homens - na coberta, exposta à fúria do mar da chuva e do vento. Assim, foi apenas utilizada ao longo da costa Africana ocidental.
A utilização intensiva deste tipo de embarcação, o conhecimento dos ventos e das correntes, originou adaptações técnicas contínuas e melhoramentos que ocorriam muitas vezes durante a própria viagem, já que levavam a bordo os meios, materiais e humanos necessários: cordas, madeira, pano, carpinteiros, calafates, tanoeiros, etc.
Por outro lado, as viagens cada vez mais longas, exigiam mais espaço para acomodar tripulação e mantimentos.
Assim, no Séc. XVI a Caravela Portuguesa será um navio de maior porte e com mais um mastro à proa. Poderá acomodar mais de 100 homens e passa a chamar-se Caravela Redonda, por ter agora, alem das velas latinas, velas quadrangulares – chamadas “redondas” - suspensas de vergas agora mais curtas. Estas velas permitiam aproveitar melhor o vento a favor ganhando velocidade.
Foi neste tipo de embarcação, e para secar a carga destinada ao Japão, que o Capitão Jorge Alvares, desembarcou na baía (Gáo) de A-ma ( A-má-gáo ), hoje Macau.
Nas figuras : uma Caravela Latina e uma náu pequena.
Texto : adaptação de um excerto de http://encycloscience.eun.org
4 comentários:
Já que estamos numa de tirar dúvidas, caro Uriel, a si pergunto:
-Qual o sentido da vida?
wikipedia ...
um amigo meu diz q encontrou la...
Haaaaa.
Tens razão!
cá está ele.
Obrigado caro sócio!
Very interesting...
Será que o Capitão Jorge Alvares terá alguma relação com o Arquitecto Jorge Cordeiro dos Santos...? :|
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