A minha primeira China : ZHUHAI

O Nissan equipado de neons da Isabel parou nas Portas do Cerco. Num bafo de sauna permanente a que nunca me habituarei, atravessamos o Terreno de Ninguém, a terra franca entre a Republica Popular da China e R.A.E.M., no meio de chineses em passo picadinho com uma missão : Zhuhai, uma china mais China. A porca.
Onde caminhar de sandálias e beber água da torneira é para os mais resistentes e para os nativos, onde as frutas das bancas são um mistério e onde as galinhas são lavadas à mangueirada em alguidares, na beira das estradas por senhoras de cócoras com a planta do pé toda bem assente no solo e onde outros chineses bebem o resto dessa água e lixo.

Para que? Desfrutarmos do pecado do consumismo puro e bruto, onde Rolexes, ténis Nike e DVDs quase verdadeiros custam a dolorosa quantia de 1 euro.
No fim de uma tarde muito underground fazendo lembrar romances futuristas dos anos 30 em que sociedades viviam, consumiam e passavam o seu tempo debaixo do chão em luz articifial, estávamos esgotados e a precisar de uma coisa que apesar de não saber sequer que podia exitir mais que uns meros 5 ou 6 minutos antes ou depois do sexo, acho agora que deveria ser de direito de qualquer ser humano neste planta; dos desertos africanos, às velhas cidades europeias, das ilhas do Pacifico à floresta da Amazónia:

Uma simples massagem aos pés de UMA HORA!
HHaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Pena a fila da alfândega e o bafo impiedoso outra vez de volta e ate casa do Pi. Como sempre “ate estava uma noite fresquinha”.

A vida é dura para alguns.

Fui para ver uma tempestade ruidosa nos céus de Macau do lado de dentro com a luz apagada e tudo calado a dormir com um filme do Myasaki a rodar por ali algures a querer chamar a atenção do mesmo modo, nos seus fracos azuis de branco plasma.

Não tirei fotografias desculpem-me.

Beijos e abraços